A seguir reúno uma série de relatos retirados de fontes confiáveis (livros em sua maioria) sobre como os santos leigos trabalhavam e se santificavam em sua rotina diária de trabalho, a fim de aprender pelo exemplo, como devemos viver este importante estado de vida e progredir espiritualmente estando no mundo, mas não sendo dele.
A vida de trabalho de São Luiz Martin (Relojoeiro e Empresário)
No livro ‘A História de uma família’ na edição da MBC (Minha Biblioteca Católica), no capítulo ‘Em Busca do Ideal’, pg. 24 e 25:
Encontrava-se em plena posse da sua arte. Apreciava nela a preocupação do pormenor, o sentido da exatidão, a delicadeza realçada pela nota artística. Ele, que contemplava extasiado a harmonia do mundo sideral, em que se diverte o poder do “Divino Relojoeiro”, manejava com igual ternura as peças minusculas de uma mecânica de precisão. A sua consciência profissional tirava daí uma alegria entusiasta que o assemelhava, pelo gosto do trabalho acabado, aos briosos artífices da Idade Média.
[…]
Inaugurou então a existência laboriosa, metódica e quase monástica que devia levar perto de oito anos. […] A oficina transformara-se num retiro claustral onde prolongaria interiormente o sonho tão cedo desfeito. O trabalho minucioso exige recolhimento e silêncio. Nada mais favorável à evasão para o Altíssimo. Ao domingo a porta do estabelecimento mantinha-se obstinadamente fechada.