Brendan Eich é um daqueles gênios americanos da computação que só vemos em filmes. Teve uma formação brilhante em matemática e computação nas melhores universidades americanas. Com 24 anos de idade já era Mestre em computação. Sem dúvida um grande hacker e um prodígio.
Trabalhou por uma década com sistemas operacionais, programação e redes, escrevendo inclusive microkernels para microprocessadores e coisas do tipo para empresas do Vale do Silício na década de 80. O tipo de trabalho que qualquer cientista da computação (ou hacker) sonharia.
Em 1995 entrou na Netscape, empresa responsável por um dos primeiros navegadores web, que chegou a ser o navegador mais popular de seu tempo. Ali ele criou aquilo que viria a ser chamado posteriormente de Javascript, uma linguagem que dá vida aos nossos navegadores modernos, considerada por muitos a linguagem de programação mais popular da história.
Até aqui vimos a carreira de um engenheiro brilhante, capaz de criar tecnologia verdadeiramente inovadora, um gênio da computação. Porém Brendan possuía habilidades ainda mais especiais, e juntamente com outros colegas cofundou a fundação Mozilla, responsável hoje pelo navegador Firefox, sem dúvida o mais popular de todos depois do Chrome.
Uma carreira profissional aparentemente garantida, exceto por uma coisa: Brendan era católico. E isso faria toda a diferença no rumo em que sua vida tomaria. Sua trajetória mostra que ele poderia ser apenas mais um bilionário do Vale do Silício, mas sua noção moral e compromisso com a Verdade, principalmente por ser católico, o colocaria em uma situação profissional extremamente difícil, e seu exemplo deve servir para todos nós.
Por ser tecnicamente um gênio, foi natural para ele se preparar para assumir a liderança da organização, como CEO. Porém assim que entrou no cargo, uma grande tempestade ruiu sobre sua cabeça: uma perseguição vinda de dentro e de fora da organização que ajudara a criar, abalaria sua liderança de forma irreversível.
Por ter se manifestado no passado contrário a uniões de pessoas do mesmo sexo, como qualquer católico deve se manifestar, sua indicação não foi bem recebida.
Por ter ajudado financeiramente organizações civis contrárias a esta prática, com doações de dinheiro públicas, seus perseguidores o trataram como um inimigo, inclusive com ameaças e prognósticos terríveis para a organização.
A grande mídia, como sempre, fez seu papel grotesco, publicando matérias falsas onde diziam que três membros da board tinham renunciado devido a sua indicação, quando na verdade, como mais tarde viria a ser mostrado, apenas um deles o fizera realmente por este motivo.
Mentiras, perseguições, calúnias, difamação … o fato é que em 11 dias em seu cargo de liderança, merecidamente conquistado por sua brilhante carreira e dedicação, Brendan foi renunciado (sim, está correto o termo).
Mas não vivemos em uma democracia? As pessoas não tem direito de manifestar sua opinião? De viver aquilo que acreditam ser o certo? Afinal, não somos livres? No caso de Brendan ele perdeu a melhor oportunidade profissional de sua vida por defender a Verdade que nos é ensinada desde pequenos, há muitos e muitos séculos, a saber: casamento só deve acontecer entre um homem e uma mulher.
Hoje ele não passa fome, e possui seu próprio navegador Web (o Brave). Mas as perdas e danos sofridos por defender que casamento é apenas entre homens e mulheres (livres), deve nos levar a meditar: será que na minha profissão estou sendo verdadeiramente católico? Rezemos por Brendan para que ele continue firme em sua batalha pela Verdade, que é o próprio Cristo.
Se alguém se envergonhar de mim e das minhas palavras, também o Filho do Homem se envergonhará dele, quando vier na sua glória, na glória de seu Pai e dos santos anjos.
São Lucas 9,26