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Porque me arrependo de não ter tido filhos antes

[Imagem] Família americana de 16 filhos. (Sam and Rob Fatzinger / EWTN Pro-Life Weekly)

Depois de oito anos sem filhos, eu e minha esposa fomos presenteados por Deus com 3 gravidezes em menos de 2 anos. Infelizmente tivemos dois abortos, mas ganhamos duas almas intercessoras no céu.

No início do casamento, resolvemos adiar a vinda dos filhos. A principal razão foi o trabalho: eu estava no começo da minha carreira empreendedora e corria o risco de falir a qualquer momento ( o que veio a se concretizar 7 anos depois). Minha esposa estava entrando na faculdade e posteriormente pretendia iniciar sua carreira como nutricionista.

Na nossa cabeça, limitada pela falta de fé e experiência, não poderíamos ser felizes tendo filhos ao mesmo tempo que buscávamos realizar nossos sonhos e objetivos profissionais naquele momento.

O tempo passou, passamos por um profundo processo de conversão e hoje temos uma completa clareza de como estávamos errados no início do casamento ao adiar a vinda dos filhos. E o pior: está claro pra mim neste momento, que deixamos uma grande parte da felicidade de nossas vidas para trás.

Não é que não tivemos uma vida boa. Pelo contrário. Sempre fomos felizes como casal. Porém, era uma felicidade incompleta. É como se a nossa união, na presença de Deus, tivesse realmente alcançado seu ápice com a vinda dos filhos.

Sabe aquela sensação que bate quando alguém nos rouba algo importante? É assim que me sinto em relação aos anos que passamos sem ter filhos.

Quando casamos, fizemos um juramento no Altar do Senhor de receber e educar na fé todos os filhos que Deus nos concedesse. Porém, ao adiar, ano após ano, o cumprimento desta promessa, fomos aos poucos nos fechando, ficando mais egoístas, hedonistas (foco no prazer) e escravos de um estilo de vida pouco aberto à mudanças, e claro, à ação do Espírito Santo.

Hoje está claro que ter filhos não é uma escolha, e sim uma necessidade básica, como comer e beber, para o nosso estado de vida (matrimônio). Sem eles, tudo perde o sentido.

Se pudesse voltar no tempo e bater um papo com o Marco atrasado, falaria o seguinte: feliz o varão que se vê satisfeito pelo grande número de filhos. Não será envergonhado, ainda quando tratar com seus inimigos à porta.

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