5 Hábitos Para Controlar a Ansiedade Sem Remédios

Controlar a ansiedade não é fácil. Há três anos fui diagnosticado com transtorno de ansiedade. Ao dirigir para o trabalho, senti fortes dores no peito como se estivesse infartando.

Contudo, consegui diminuir drasticamente o uso de remédios graças à algumas mudanças de hábitos e rotina.

Embora esteja lutando diariamente contra esta doença, hoje ela está sob controle a maior parte do tempo. Porém, apenas com remédios não podemos combatê-la. E, infelizmente, médicos não irão ajudar muito no quesito hábitos saudáveis. Por isso temos que aprender a nos auto-observar.

Exatamente por ter o hábito constante da auto observação, comecei a reparar o que ajuda a controlar e a descontrolar minha ansiedade.

No início tomava um fitoterápico juntamente com 0,5mg de Alprazolam. Hoje graças a Deus tomo apenas 0,25mg de Alprazolam.

A seguir, um resumo das técnicas que venho desenvolvendo para eliminar o remédio de minha vida. Porém, lembre-se: qualquer diminuição ou aumento de medicamento deve ter acompanhamento médico.

Hábito Número 1 – Auto Observação

Considero a auto-observação como a prática de observar a si mesmo com um olhar crítico. A ideia é voltar em uma determinada situação, analisando comportamentos e resultados.

Podemos fazer isto antes de dormir, na cama, ou em um momento tranquilo do dia. Paramos e imaginamos uma situação que causou stress ou dificuldade. Em seguida, pensamos se agimos bem ou mal naquela situação.

Na maioria das vezes me pego arrependido, pensando: puxa, não deveria ter levado aquilo tão a sério, acabou que não deu em nada.

O ansioso (doente) leva tudo a sério. Tudo é o fim do mundo. A todo momento estamos a um passo de colapsar. Tudo ilusão.

Porém o pulo do gato está em elevar essa técnica. Ao invés de olhar para o que aconteceu, olhar para o que está acontecendo. Enquanto escrevo este texto, sinto o impulso da ansiedade dizendo para digitar mais rápido. Porém, por estar me observando, decido conscientemente em digitar mais devagar e sentir o desconforto, ao invés de obedecer o impulso e me descontrolar.

Hábito Número 2 – Fazer Uma Coisa de Cada Vez

Fazer uma coisa por vez: um tiro na ansiedade. Este é um grave problema que vejo em nossa sociedade: achar que fazer várias coisas ao mesmo tempo é algo positivo.

Desde minha juventude cultivei maus hábitos por causa deste pensamento. Porém, hoje vejo claramente que o hábito de querer fazer muito ao mesmo tempo influenciou no descontrole da ansiedade.

A ansiedade não é algo ruim, é uma coisa natural. Em situações difíceis, por exemplo, ela nos condiciona a reagir mais rapidamente. Porém ficar ansioso o tempo inteiro é uma doença.

Quando faço muitas coisas ao mesmo tempo, não tenho tempo de saborear o que estou fazendo. Consequentemente, faço tudo de forma artificial. Isso leva a um sentimento de que não fiz nada de importante e que por isso preciso fazer ainda mais. Sinto como se estivesse fazendo pouco. Logo, preciso acelerar para fazer mais.

Fazer várias coisas ao mesmo tempo é uma armadilha emocional. A lista é longa:

  • Conversar enquanto mexe no celular
  • Comer enquanto assiste televisão
  • Resolver um problema enquanto pensa no próximo
  • Comer o primeiro prato de comida pensando no segundo
  • Resolver um problema enquanto se preocupa com o próximo

Por isso, parar e focar o que estou fazendo me leva a um sentimento de plenitude e de saboreio total da atividade em questão. A qualidade aumenta drasticamente e no fim do dia parece que realmente fiz alguma coisa útil.

Hábito Número 3 – Diminuir a Velocidade

Vivemos em um mundo extremamente rápido. Consequentemente, tudo e todos precisam ser rápidos. Carros rápidos, celulares e computadores rápidos, comidas rápidas, vidas rápidas … a lista é imensa.

Porém eu não posso entrar nesta vibe. Por ser ansioso e estar doente, tenho que me permitir ir mais devagar.

Ir devagar nos resultados: antes queria ser rico aos 30 anos de idade. Por que não curtir mais a vida e deixar a riqueza para os 60 anos? Melhor ainda: por que não ser pobre e viver com tranquilidade e paz? Afinal do que adianta ter muitos bens e conquistas se não posso saboreá-las por estar doente?

  • Comer mais devagar
  • Pensar mais devagar
  • Andar mais devagar
  • Trabalhar mais devagar
  • Conversar mais devagar

Slow down.

Hábito Número 4 – Simplificar a Vida

Nossas vidas estão ficando cada vez mais complicadas. Embora tenhamos mais recursos ao nosso alcance, a sociedade moderna nos impõe um pesado fardo por isto.

Um exemplo típico que venho percebendo ultimamente é ter um veículo. Um carro traz uma vasta gama de conforto para uma família, como locomoção rápida e segura, economia de tempo e status.

Por outro lado, um carro pode complicar drasticamente nossa vida. Entre as complicações, cito:

  • Gastos com combustível
  • Necessidade de ir ao posto de gasolina, oficina, banco, etc para resolver as necessidades do veículo
  • Gasto de tempo e dinheiro com manutenção
  • Gasto de tempo e dinheiro com revisão
  • Gasto de tempo e e dinheiro com contratação de seguro
  • Impostos diversos, IPVA, IRPF, etc

Essas complicações, muitas vezes ocultas, vão fazendo aparecer novos problemas em nossa vida. O carro é só um exemplo.

Outros exemplo de complicação rápida de vida:

  • Celulares e computadores adicionais
  • Segundo imóvel
  • Viagens em excesso
  • Consumismo

Veja bem, não se trata de cortar essas coisas de nossas vidas. Isso não é possível na maioria dos casos, creio que nem indicado. Trata-se de não aumentar, não complicar ainda mais, ou mesmo buscar a diminuição das coisas que temos e fazemos, sempre que possível.

Hábito Número 5 – Oração

As pessoas religiosas contam com um grande trunfo que muitas vezes passa desapercebido. A oração.

Falar com Deus todos os dias e entregar nas mãos dele nossa condição, de longe foi o hábito que mais surtiu resultados. Quando Ele vê que estamos em um combate sincero, se une a nós, nos auxilia e nos dá a vitória.

Se for católico, um plus: Nossa Senhora. Através dela, podemos receber o socorro do Pai para uma situação de estresse de forma mais rápida e acertada. Quando sinto que a ansiedade está para me dominar, rezo à Virgem. Todas as noites, antes de tomar o remédio, peço o auxílio do Pai pelas mãos dela também.

Em resumo, a oração nos ajuda a combater o lado espiritual da doença. Como Jesus ensinou, alguns males só podem ser combatidos com Oração e Jejum. Por isso Ele orou muito ao Pai e jejuou 40 dias no deserto: para se fortalecer espiritualmente para o combate que haveria de enfrentar.

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