[Na foto: o bebê americano Connor Florio, nascido com 26 semanas de gestação. Se estivesse na barriga da mãe, seria feto. Como está fora, é uma criança]
Recentemente no Brasil, fomos obrigados a assistir a execução de uma criança de 7 meses no ventre de sua mãe. A culpa aparente da criança: ter sido indesejada. Não houve estupro, não houve doença envolvida e nem risco de vida significativo. Mesmo assim a criança foi morta.
O caso ganhou grande repercursão pois a mãe teria apenas 11 anos de idade, enquanto o pai 13 anos. Segundo as fontes (muitas vezes duvidosas) a que tive acesso, as duas crianças mantinham relações sexuais com o concentimento do pai e da mãe (dentro da própria casa), que seriam padrasto da menina e madrasta da menina. Ou seja, não eram irmãos, mas dois pré-adolescentes vivendo sob o mesmo teto.
O Caso
Inicialmente, ao descobrir a gravidez, a avó da criança (mãe da menina de 13 anos), deu entrada em um hospital público solicitando o procedimento abortivo. A equipe do hospital se recusou a realizar o procedimento, sem uma autorização legal, provavelmente porque a gestação já estaria bem adiantada (por volta de 20 semanas). Ou seja, o feto já era praticamente uma criança.
Entraram então na justiça. A juíza a julgar o pedido de aborto por parte da avó da criança, também não o autorizou. No Brasil o aborto é ilegal. É permitido porém, em alguns casos, como estupro, a execução legal da criança. Neste caso, a menina não se enquadrava em nenhum dos quadros de abortos permitidos pela lei, pois não havia sofrido estupro. Portanto a juíza acertou legalmente em não autorizar o aborto.
Entra em cena a mídia militante
Como o caso não estava pendendo para o assassinato da criança, visto que a juíza não autorizou o procedimento, “vazaram” um vídeo da audiência privada. E é exatamente aqui que começa a ficar vergonhosa a atuação dos ditos profissionais jornalistas envolvidos. O vídeo vazado foi editado, recortado e em toda sua extensão foram inseridas frases tendenciosas (abortistas), condenando esse ou aquele comentário da juíza e da promotora. Resultado: um vídeo que deveria ser imparcial, com ao menos 2 horas de duração (tempo de uma audiência destas) foi reduzido a um clipe abortista de incríveis 15 minutos.
O vies abortista do vídeo fica bem claro, pois a todo momento percebe-se uma grande preocupação da juíza com a saúde das meninas (mãe e bebê). Todas as suas perguntas são razoáveis. A todo momento, ela tenta salvar a criança do aborto, porém sem colocar em risco a saúde da mãe. E no entanto, deram o seguinte título para o vídeo, julgando e condenando a juíza: “Em audiência, juíza de Santa Catarina induz menina estuprada de 11 anos a desistir de aborto legal”.
Basta dizer que a menina não foi vítima de um estupro, como mostraram as posteriores investigações e que portanto o aborto seria sim ilegal.
Entra em cena a grande mídia
Qualquer pessoa pensante e que leva a sério a profissão de jornalista (que tem em seu cerne o compromisso com a verdade) jamais utilizaria um vídeo tosco destes, produzido por um blog obscuro, financiado sabe-se lá por quem, como referência para produção de matérias.
Agora pasme meu amigo: foi exatamente o que aconteceu neste caso. O vídeo deu origem a diversas matérias tanto online como na TV, de publicações populares de grande acesso/circulação. Analise comigo uma das muitas matérias que viriam a seguir:
Matéria do G1 em 20/06/2022 por Por Caroline Borges e Clarìssa Batìstela:
Uma menina de 11 anos está sendo mantida pela Justiça em um abrigo de Santa Catarina para evitar que faça um aborto autorizado. Vítima de estupro no começo do ano, a menina descobriu estar com 22 semanas de gravidez ao ser encaminhada a um hospital de Florianópolis, onde teve o procedimento para interromper a gestação negado.
Faça um aborto autorizado por quem ? Vítima de estupro da onde?
Os jornalistas perderam a noção: se o aborto tivesse sido autorizado baseado numa suposta alegação de estupro que nunca aconteceu, uma vida teria sido interrompida de forma injusta e cruel. Se bem que no caso de qualquer aborto se configura como interrupção de uma vida de forma injusta e cruel.
Perceba a gravidade desta matéria: além de espalhar uma notícia que não é verdadeira, busca denegrir a imagem dos profissionais (juíza e promotora) por tentarem salvar a vida da criança no ventre da mãe. Que erro ou mal poderia haver nisto ?
Repare na próxima frase da matéria:
Ainda, Justiça e Promotoria pediram para a menina manter a gestação por mais “uma ou duas semanas”, para aumentar a sobrevida do feto.
Colocaram aspas no uma ou duas semanas, como se fosse uma tortura para a menina manter a gestão. Ora qualquer pessoa que tenha visto o vídeo, viu que a Juíza perguntou para a menina se ela estava bem, se estava sem dor, se queria alguma coisa, etc. A menina sempre concordando, dizendo que estava tudo bem em manter a gravidez um pouco mais.
E agora para fechar com chave de ouro, os jornalistas citam sem vergonha nenhuma as suas fontes para dizer tantas besteiras:
O caso foi revelado em reportagem dos sites Portal Catarinas e The Intercept nesta segunda-feira (20).
A tentativa de manipular a sociedade
Esse tipo de matéria, em grandes quantidades e provenientes de muitos veículos de comunicação, presta um grande desfavor para a sociedade. Parece que de repente o Brasil acordou a favor do aborto, visto que todos os jornais praticamente o defendem.
Mas isso simplesmente não é verdade. Existe por trás desta militância toda, uma intenção cruel e maldosa, de permitir o aborto livremente no Brasil (e no mundo). Pensam que são donos de seus corpos, por isso podem engravidar e matar a criança concebida. Chamam a isso de direito. Porém essa mentalidade não reflete o pensamento corrente. Não é da natureza humana concordaremos com a morte de crianças inocentes no ventre de suas mães. Se algumas pessoas de bem o fazem, é porque veem (erroneamente) que esse é o melhor caminho para um suposto bem.
A divisão que existe hoje na sociedade não é pela liberalização ou não do aborto, mas sim se o aborto é ou não é a melhor decisão a ser tomada para a defesa da vida da mãe. E essa discussão passa longe dos profissionais jornalistas e da grande mídia.
O mito do aborto
Infelizmente existem muitas pessoas (muitas vezes mal informadas) que defendem o aborto pensando que este irá aliviar o sofrimento da mãe que realiza o procedimento. Sabemos que isto é um mito.
No caso da criança de 11 anos de Santa Catarina por exemplo, que no final realizou o procedimento, ela teve que passar por um parto normal, com a diferença de que sua filhinha nasceu morta. Assassinada no ventre. Ela não tem idade para entender o tamanho deste horror. Mas um dia, em sua cama, sozinha, numa noite escura, a consciência dela vai perguntar: e se minha filha tivesse nascido? Será que ela sentiu dor? Onde ela está agora?
A verdade é que a criança dela foi executada de uma forma cruel. Não foi indolor. E ela passou por um parto normal e sobreviveu. Como teria sobrevivido se tivesse tido a criança viva!
As pessoas que são contra o aborto são a favor da vida das duas pessoas envolvidas: a mãe que concebe e a criança que nasce. Acreditamos que temos uma alma, e por isso sabemos que desde a concepção a criança já tem direitos e precisa ser mais protegida que a mãe que tenta matá-la, mesmo esta sendo uma vítima dos erros da sociedade, caso da criança de 11 anos.
Enão propaga-se o mito de que o aborto é um direito. E direito é uma coisa boa. Se direito é uma coisa boa, eu quero meu direito. Mas e o direito do feto à vida?
A principal lição
O céu sem dúvida ganhou mais uma alma, a criança assassinada. Porém talvez o inferno ganhe algumas mais, num futuro não muito distante, se as coisas não mudarem na vida destas pessoas envolvidas. Rezo pela conversão deles.
Se você é cristão e concordou com o que foi feito, ou se concorda com qualquer aspecto do aborto, peço que revise sua posição como seguidor do Cristo, pois Jesus sempre foi a favor de dar a vida. Ou seja, além de não podermos tirá-la em situação alguma, temos que entregar a nossa vida. O aborto vai contra estes dois principios do cristianismo.
Uma lição devemos tirar deste caso: estão tentando a todo custo manipular nossa opinião para sermos contra a vida e a favor da morte, do erro e da imoralidade. Abramos nossos olhos: estamos tão preocupados com nossos direitos que não nos importamos mais com nossos deveres.